Os números finitos de uma vida
Inícios são imprevisíveis.
Finais são inevitáveis.
Eis a lógica
Tudo oq hj é
Amanhã será apenas um foi
E ontem era apenas uma teoria
Um singelo talvez
Nunca se tem certeza sobre nada
Nunca se pode ter certeza sobre algo que não foi feito
Nunca o primeiro pensamento será sempre o certo
Nem mesmo o último sempre o errado.
É na soma de pensamentos que os julgamos
Todavia não se sabe se está certo até o amanhã chegar
Até o passado se solidificar
E o presente passar como um ponteiro de relógio em nossa frente
Cortando nosso tempo
Sempre nos lembrando do presente
Que na mínima mudança de uma pequena linha se transforma em ontem.
O ontem que eu queria ser.
O ontem que eu nunca fui.
Todos eles jogados em números decimais sobre um relógio
Se perguntando o pq de matarmos o tempo?
O pq de reclamarmos sobre não o tê-lo o suficiente
mas sucumbirmos com o mesmo de forma tão inútil.
O tempo sempre está presente
Está nos dando um presente em meio a números finitos de tempo
Números finitos de uma vida.
E vc continua sentado
Olhando o relógio
Se perguntando o pq de o tempo não passar mais rápido
Para o tão esperado futuro chegar.
Cada traço passado do ponteiro é um passado que ficou
Cada mínimo avanço é um futuro sendo criado.
Todos os três tempos unidos em um só relógio
E ainda reclamamos de não ter tempo.