Chuvas torrenciais
Então, foi dessa sacada, que despencou água de chuvas torrenciais. E de onde seus olhos miravam, tentando adivinhar o que havia para além dos prédios. E as lágrimas salgadas. Ah, essas lágrimas, são sempre salgadas.
Você não recusa o choro. Sincero. Transbordante. Como a água dessas chuvas torrenciais que despencam nesta cidade. E a concretude desses prédios me emociona. Mais que a paisagem de uma pedra gigante. Mais até que o mar.
Mar que eu busco e você encontra.
Você, cada vez mais sedenta das paisagens paradisíacas e eu cada vez mais em busca deste concreto, do cinza, das chuvas torrenciais, das lágrimas salgadas.
Que elas me envolvam e me façam pertencente.