Prisão.
De todas as formas, me fizeste uma mera refém completamente acorrentada e disposta.
Se puder, apenas me responda:
Como fizeste pra se tornar onipresente em meu inútil existir?
Se estas longe, me prende em pensamentos,
Não me permite o descanso, me enclausurando.
Se estas perto, me acorrenta ao teu essencial respirar.
Quanto tempo faz que não penso em mim ou sequer me encontro?
Todos meus pensamentos são voltados a você.
Se pensas em mim, não me importa.
Apenas aceite que me tornaste refém, escrava, e que isso nada podemos fazer pra mudar.
Eu não sei o que é e nem saberia descrever o que fizeste comigo, se são teus olhos, ou teu jeito, talvez teu cheiro, ou simplesmente a sensação absurda de paz que eu sentia ao me ser permitido descansar sobre o teu peito, todas as noites, nos últimos 9 anos.
Eu não sei o que é e quase todos meus poemas são tentando explicar o que é ser completamente entregue a ti, sempre tentando e buscando também explicar como me enfeitiçou dessa forma.
Mas agora posso perceber que todas essas tentativas são em vão, não existe explicação pra como cada átomo do meu corpo clama pelo teu físico grudado ao meu.