Soldado
Li em algum lugar, nunca ignore o que te atravessa o peito. E imediatamente eu penso em você. Mesmo ignorando.
Tento fingir que você não me atravessa o peito, a minha alma. Invade meus sonhos. Bagunça meus planos traçados. Muda meu destino. Palavra que me devora.
Queria tatuar seu nome. Hastear a bandeira do seu território em chamas.
Eu, soldado apostos, pronto para velar o teu sono. Te proteger dos perigos noturnos.
Saciar a tua sede.
Que Deus perdoe. Esse mundo armamentista, esse desejo que queima, essa fome insaciável, esse inalcançável você, que eu pus em um altar das minhas fantasias mais inenarráveis.
Vagando a dias intermináveis em labirintos do inconsciente, vindo a tona nos momentos menos adequados.
Desestabilizando minha frágil estrutura e permeando zonas que não deviam ser ultrapassadas.