VIDAS
Parte da luz viva
Que a luz morta carrega
Toda fortuna guardada
Ficou enterrada na terra.
Caiu no vale da agonia
Despertou com a luz do sol
Lembrou-se da fortuna guardada
Livrou-se do lençol.
Abril a porta
Flutuou pela imensidão
Não percebeu a falta da terra
Nem o pisar no chão.
Seguiu, apenas seguiu
Esqueceu o passado
Vibrou com o presente
Na mesa, uma garrafa de vinho
Nas mãos um copo cheio de sementes.