VIDAS

Parte da luz viva

Que a luz morta carrega

Toda fortuna guardada

Ficou enterrada na terra.

Caiu no vale da agonia

Despertou com a luz do sol

Lembrou-se da fortuna guardada

Livrou-se do lençol.

Abril a porta

Flutuou pela imensidão

Não percebeu a falta da terra

Nem o pisar no chão.

Seguiu, apenas seguiu

Esqueceu o passado

Vibrou com o presente

Na mesa, uma garrafa de vinho

Nas mãos um copo cheio de sementes.

papagua
Enviado por papagua em 23/02/2024
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