Ventos e Recifes.

Ventos e Recifes.

Buscar é sempre interminável, quando em todas as contestações vagueiam uma infinidade de perguntas, tão vagas, quanto o vazio dessas réplicas.

Navego incessantemente um pélago sem fim, onde tempestades acompanhadas de fortes ventos jogando minha nau contra os rochedos da vida, recifes esses, que, destroem meus sonhos.

Revolto a tantas paixões, naufragadas, sem cais, fico à deriva, e, absorto em pensamentos, entrego minha alma a Poseidon.

Viver é sempre desafiador, quando a morte se apresenta tão sedutora, um caminho fácil e covarde, que, a alma humana ostenta na primeira desilusão.

Ontem morri, em pensamentos e consequentemente na palavra escrita, a pena sobre a tinta hoje derramada, descreve o amor que perdi nas sombras do destino.

As trevas tornam-se fascinante, quando ainda temos no brilho o mesmo olhar de outrora, mas, se perdemos a luz, a noite já não exala tanto encanto.

Eu vivi essa eterna busca, naveguei tantas vezes em revoltas desafiando a morte, e, foi nas trevas, que renasci.

Texto: Ventos e Recifes.

Autor; Osvaldo Rocha Jr.

Data: 30/05/2001 às 18:43

Osvaldo Rocha Jr
Enviado por Osvaldo Rocha Jr em 19/02/2024
Código do texto: T8002390
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