Vera.
Vera.
V iajo por milhas trilhando caminhos,
de ventos fortes, e, chuvas torrenciais,
onde posso ver os mistérios de um amanhecer, ou, as fúrias de uma natureza revoltada na dor.
E ternamente serei sempre o que sou, horas mar, horas terra, um dia lago, no outro riacho, às vezes uma brisa, no outro ventania.
Assim sou eu, um pouco de tudo aquilo que me faz sentir-me bem.
R asgo as madrugadas em desejos, neste céu tão límpido e azul, desabafo minhas mágoas, nesta cachoeira onde a fúria é apenas um córrego escondendo minha luxúria.
A inda que eu navegue, ou, cavalgue milhas a fora, sei que serei ainda um leve sopro nas curvas deste mundo, onde quem passar poderá ver-me, até, aqueles que não sabe apreciar a aurora.
Texto: Vera (Acróstico)
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 18/02/2001 às 17:50