A escrita me custa às vísceras

Tô desejando tirar férias de mim

Um descanso dentro do meu próprio caos

Colocar no mudo essa cabeça que sentipensa demais

Acham maneiro que eu me dê bem com as palavras

Inocentes!

Ninguém tem facilidade com algo que não lhe custe outra coisa

A escrita me custa às vísceras!

Sempre escrevo para não morrer por dentro

De dor, de espanto, alegria o que quer lá que seja

Não escrevo porque acho maneiro

Escrevo para dar contorno ao caos que me toma por dentro!

Não tenho a opção de não escrever

E isso para uma alma livre é a própria prisão

A não ser quando a própria escrita me castiga

Me tira as palavras, vivo um hiato

sinto o caos me sufocar por dentro sem nada por fazer

Em algum momento eu disse “alma livre”?

Argh!

Mariany Mendes
Enviado por Mariany Mendes em 17/02/2024
Código do texto: T8001225
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