A escrita me custa às vísceras
Tô desejando tirar férias de mim
Um descanso dentro do meu próprio caos
Colocar no mudo essa cabeça que sentipensa demais
Acham maneiro que eu me dê bem com as palavras
Inocentes!
Ninguém tem facilidade com algo que não lhe custe outra coisa
A escrita me custa às vísceras!
Sempre escrevo para não morrer por dentro
De dor, de espanto, alegria o que quer lá que seja
Não escrevo porque acho maneiro
Escrevo para dar contorno ao caos que me toma por dentro!
Não tenho a opção de não escrever
E isso para uma alma livre é a própria prisão
A não ser quando a própria escrita me castiga
Me tira as palavras, vivo um hiato
sinto o caos me sufocar por dentro sem nada por fazer
Em algum momento eu disse “alma livre”?
Argh!