A minha dor

A minha dor é muda e ela é só minha

Não há aqui quem a cale por dentro ela grita

Sai em forma de lágrimas que só eu vejo

E olho pro céu fazendo um apelo

Que essa dor desapareça

E com o passar do tempo faleça

Enclausurada no tempo eu fiquei

Me doando inteira como se fosse lei

Anulando quem eu era pra ser amada

O anos passaram não acontecia nada

O silêncio e a dor viraram minha voz

Num canto esquecida atropelada por meu algoz

Do quarto quieto eu escrevia

Eram palavras que eu me supria

Do consolo em linhas que me abraçava

Chorar virou vício

Bastava pensar era martírio

Tentando me curar com minha própria força

Parecia inútil com tanta coisa

No pensamento alimentava minha fé

Pra mostrar coragem como é

Tudo tão difícil e doloroso

Se ver sozinha com tanto esforço

De mudar completamente a rotina

E encher todos os meus vazios com vida

O desânimo faz morada

Você só quer ficar em casa

A minha dor apagou o meu sorriso

E eu penso no futuro no paraíso

Onde essa dor já não exista mais

Será aniquilada não voltará jamais

É este pensamento que me renova

Que me faz acreditar o que me motiva

A seguir mesmo estilhaçada pela ingratidão

Mesmo nos escombros da escuridão.

A minha dor é muda mas berra no coração.

Vivi uma vida de mentira dor solidão

Seguida de recorrente traição

Hoje a dor voou no silêncio distante

Não existe sentimento como antes

Do luto da dor eu não morri

Do meu amor próprio sobrevivi

E a dor não vive mais aqui

E eu berro hoje aos quatro ventos

Da desilusão ao meu livramento

Foi fé força e coragem

Pra merecer hoje o meu amor de verdade e sócio

Meu amor exclusivo próprio.

Valéria Lopes

Valéria Lopes
Enviado por Valéria Lopes em 16/02/2024
Código do texto: T8000373
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