Minha Experiência com Realidade Virtual
 

No dia 2 de Fevereiro de 2024, a Apple lançou o Apple Vision Pro, um óculos que é descrito como de realidade aumentada, pela bagatela de 3.500 dólares, ou no Brasil, 32 mil reais.

Vendo os vídeos de unboxing, dá para notar que é uma espécie de iPhone em realidade virtual, no qual você pode acessar os seus aplicativos iOS, o Safari, email, por exemplo, tudo por ele. A sensação transmitida ao ver o vídeo é que você se sente no local em que a foto foi tirada, e a resolução da tela é de extrema qualidade. Além disso, dá para você personalizar o ambiente em que você está, colocando cada aplicativo em determinado local do cômodo; por exemplo, o mapas perto da porta, o Safari proximo da cama, e aplicativos de jogos na varanda. E quando você vestes os óculos, eles vão estar exatamente no lugar em que você os colocou.

Minha experiência com realidade virtual começou há 3 anos quando adquiri um óculos Quest 2 do Facebook, comprado exclusivamente com o intuito de aproveitar games em realidade virtual, como o Resident Evil 4, um jogasso e um verdadeiro clássico do PlayStation 2 que lançou para o óculos Quest. Para mim, esse é o futuro dos games. Sinceramente, eu não me importo mais com a qualidade gráfica dos jogos; desde a sétima geração de consoles, do qual faz parte o meu antigo Xbox 360, a realidade gráfica já é muito impressionante. E, na verdade, o critério de gráfico não é o mais decisivo pra eu jogar um jogo, e sim a história ou gameplay. Por isso nem pensei em comprar um console mais moderno, mas quando vi a experiência de poder jogar em realidade virtual, isso me empolgou.

Os gráficos em realidade virtual nem são muito bons, devem ser equivalentes ao Xbox 360, e, ao contrário do que algumas pessoas afirmam, honestamente, não parece que você realmente está dentro do local. Mas sim, a imersão é muito grande, muito maior do que jogar na TV; embora você saiba que você não está naquele lugar, parece de fato que você está em outro local fora da sua sala de estar ou quarto. E a possibilidade de você usar os controles do aparelho como se fossem seus braços de verdade aumentam a sensação de imersão no jogo. Por exemplo, para recarregar uma arma, você realmente tem que tirar o pente, recolocar outro no lugar, e engatilhar a arma para depois atirar. Dá um certo trabalho. Além de uma canseira. Em alguns jogos, você faz o movimento de segurar objetos, se escalar em lugares como paredes, e sacode a mão como se estivesse verdadeiramente brandindo uma espada real. O jogo de RPG de mitologia nórdica, Asgard Wrath 2, se tornou um dos meus jogos preferidos de todos os tempos, incluindo todos os consoles, e olha que eu ainda nem o finalizei. É muito legal também jogar futebol americano através dele, e você lança a bola como se fosse um autêntico quarterback. Para mim, esse é o futuro dos games. Novas formas de jogar videogames mais interativas. Nesse sentido, a Nintendo é pioneira e o novo Apple Vision Pro pode ser boa ferramenta também.

Ao contrário do óculos Quest do Facebook, o Apple Vision Pro não dispõe de um controle. E você faz os movimentos diretamente com as mãos, como se fosse uma tela imaginária totalmente virtual, algo totalmente high-fi, igual na ficção científica mesmo, parecido com 2001: Uma Odisseia no Espaço.

Mas honestamente, no estado atual do Apple Vision Pro, ele mais parece um celular com tela gigante e não dá para fazer muita coisa, e os jogos lançados para ele são poucos e bem bobos, nível joguinho de celular. É preciso ver se as grandes desenvolvedoras de jogos irão criar jogos para eles. Em seu estado atual, é impossível defender esse preço de 3.500 dólares para as parcas funcionalidades que oferece.
 

Mesmo assim, se eu tivesse dinheiro sobrando, eu adquiriria pela experiência, embora seja daqueles aparelhos que devem ser legais usar por umas 2 horas e depois você já esquece.
 

Algumas pessoas acham que realidade virtual é só um escapismo, já eu acho que é o futuro.