Suspiros na solidão

Deparar-se em um monólogo consigo mesmo, desprovido de qualquer anseio que já não o estava ali, no epicentro de tudo, onde o vazio do nada permuta com a sensação de se estar só, mas não é sozinho, aquele que os olhos veem e as mãos não podem tocar. É uma solitária contestação de um porque maior. Um onde os cegos habitam, porém tudo veem. Sábios e inalcançáveis. A orla que permeia a linha entre o estar só e o estar completo vem da mente, insensível e insensata. Nela, a solidão, a respiração é maio, e os suspiros, estes são pequenos murmúrios de um pulsar lento e vagaroso. Tardio para acompanhar a força de um verdadeiro suspiro.

Person
Enviado por Person em 13/02/2024
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