MERGULHANDO EM MINHA ALMA
No meio d’uma eternidade (como que n’um círculo sem limites)
Sem começo, sem final, sem meio (tanto no tempo, quanto no espaço)
N’ela estou (estamos)... em sua extensão infinita
Fui formado (feito)... ou sempr’existi?
Ou [ainda] estou sendo... feito?
E para quê?
Sei lá!
E haveria passado ou futuro ou somente o presente é real?
“Real”?!
Quem no tempo capaz seria de defini-lo?
Ou quem de fato o sabe?
E agora me pergunto:
Qual a felicidade d’uma estrela?
Qual a felicidade do mar?
E seria a felicidade uma... sensação?
Oh! Por que Deus não se mostra ao que não O tomaríamos como “nada”?
(já que este não se “apresenta”)
Todavia, Deus percebido se faz na “ação do mundo”
Ai! Ridículos são os teólogos e filósofos que querem resolver a questão sobre
Deus, mas esquecem do “problema do Homem”
Envelheço-me entre lembranças a que as provo agora
Vivas saudades (que para trás ficaram e jamais voltam)
Mas ainda tenho desejos
O que me torna ... "vivo"
Concluindo-me que minha sinfonia não chegou ao seu termo
E, deste modo, não estou [totalmente] “concluído”
Mas, o que me falta [ainda]?
No tempo que sempre existiu (será?) ond’eu estava no início do que
nada s’havia e nem começou?
Estou aqui [agora] ou sempr’estive?
Se presente sempre estive sou, portanto, igual ao Criador
(Que nunca deixou d’existir)
Oh! A maior angústia de todos é se “depois d’aqui” nada mais s’haverá
E, em razão disto, cad’um todos os dias busca refúgio n’alguma “droga”
Par’então esquecer da “maior incerteza” qu’em tal grau o angustia
E assim, ou s’entorpece no excesso de trabalho
Ou se busca consolo em religiões criadas no tempo
A tentar acreditar que alguma [delas] garantirá a sua “salvação”
"Sua salvação"!
Desconheço atitude mais egoísta que esta
Ah! Melhor deixar pra lá!
E então, até este tempo a Vida está... “me fazendo”?
Pergunto-me nest’hora
Se a resposta for positiva, ainda não sou... de todo
E se não “sou”...
O que me “falta” para qu'eu me “complete”?
Quando estarei “totalmente finalizado”?
Insisto em saber
E como os átomos dão forma às moléculas
E como as letras constroem as palavras
Estamos [todos] sendo ... “formados”
E, creio eu, a ser dos mesmos elementos de tudo o qu’existe [aqui]
O que faz de todos [e de tudo]... uma mística e vital irmandade
Ai! Seria [eu] “o culpado” de minha infelicidade?
Mas, e se no tempo [eu] errei, onde foi minha falha?
Quando foi que me descuidei?
Em que momento me perdi?
Teria sido, quem sabe, no início ou durante o trajeto?
Fui [eu] e somente eu o culpado [de minha falta ou meu “pecado”]?
Ou será que necessário foi qu’eu me perdesse para que justamente
pudesse me reencontrar?
Queria muito retroceder minha linha do tempo para ver onde foi qu’eu errei
Oh, meu Deus! Por que me fizeste “livre”?
É, sem dúvida, pior que a morte o viver de tantos
Mas, ainda que suas almas já desceram à sepultura
não há, qu’eu saiba, ninguém que d’aqui queira fugir e, assim, ir embora
Da verdade que todos acreditam que a morte nos tornará ao “nada”
Razão pela qual [dela] temos tanto medo
Ah! Medo é pouco, temos pavor só de pensar
Que bom que a semente não pensa (como nós)!
Pelo que se recusaria a morrer (ou retardar su’hora)
E seus frutos não seriam [a nós] dados de bom grado
Precisamos morrer, então
Não tenhamos medo
Sejamos como as sementes
Até porque, de certa forma, somos também sementes
12 de fevereiro de 2024
IMAGENS: FOTOS PARTICULARES (REGISTRADAS POR CELULAR)
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FORMATAÇÃO SEM AS IMAGENS
MERGULHANDO EM MINHA ALMA
No meio d’uma eternidade (como que n’um círculo sem limites)
Sem começo, sem final, sem meio (tanto no tempo, quanto no espaço)
N’ela estou (estamos)... em sua extensão infinita
Fui formado (feito)... ou sempr’existi?
Ou [ainda] estou sendo... feito?
E para quê?
Sei lá!
E haveria passado ou futuro ou somente o presente é real?
“Real”?!
Quem no tempo capaz seria de defini-lo?
Ou quem de fato o sabe?
E agora me pergunto:
Qual a felicidade d’uma estrela?
Qual a felicidade do mar?
E seria a felicidade uma... sensação?
Oh! Por que Deus não se mostra ao que não O tomaríamos como “nada”?
(já que este não se “apresenta”)
Todavia, Deus percebido se faz na “ação do mundo”
Ai! Ridículos são os teólogos e filósofos que querem resolver a questão sobre
Deus, mas esquecem do “problema do Homem”
Envelheço-me entre lembranças a que as provo agora
Vivas saudades (que para trás ficaram e jamais voltam)
Mas ainda tenho desejos
O que me torna ... "vivo"
Concluindo-me que minha sinfonia não chegou ao seu termo
E, deste modo, não estou [totalmente] “concluído”
Mas, o que me falta [ainda]?
No tempo que sempre existiu (será?) ond’eu estava no início do que
nada s’havia e nem começou?
Estou aqui [agora] ou sempr’estive?
Se presente sempre estive sou, portanto, igual ao Criador
(Que nunca deixou d’existir)
Oh! A maior angústia de todos é se “depois d’aqui” nada mais s’haverá
E, em razão disto, cad’um todos os dias busca refúgio n’alguma “droga”
Par’então esquecer da “maior incerteza” qu’em tal grau o angustia
E assim, ou s’entorpece no excesso de trabalho
Ou se busca consolo em religiões criadas no tempo
A tentar acreditar que alguma [delas] garantirá a sua “salvação”
"Sua salvação"!
Desconheço atitude mais egoísta que esta
Ah! Melhor deixar pra lá!
E então, até este tempo a Vida está... “me fazendo”?
Pergunto-me nest’hora
Se a resposta for positiva, ainda não sou... de todo
E se não “sou”...
O que me “falta” para qu'eu me “complete”?
Quando estarei “totalmente finalizado”?
Insisto em saber
E como os átomos dão forma às moléculas
E como as letras constroem as palavras
Estamos [todos] sendo ... “formados”
E, creio eu, a ser dos mesmos elementos de tudo o qu’existe [aqui]
O que faz de todos [e de tudo]... uma mística e vital irmandade
Ai! Seria [eu] “o culpado” de minha infelicidade?
Mas, e se no tempo [eu] errei, onde foi minha falha?
Quando foi que me descuidei?
Em que momento me perdi?
Teria sido, quem sabe, no início ou durante o trajeto?
Fui [eu] e somente eu o culpado [de minha falta ou meu “pecado”]?
Ou será que necessário foi qu’eu me perdesse para que justamente
pudesse me reencontrar?
Queria muito retroceder minha linha do tempo para ver onde foi qu’eu errei
Oh, meu Deus! Por que me fizeste “livre”?
É, sem dúvida, pior que a morte o viver de tantos
Mas, ainda que suas almas já desceram à sepultura
não há, qu’eu saiba, ninguém que d’aqui queira fugir e, assim, ir embora
Da verdade que todos acreditam que a morte nos tornará ao “nada”
Razão pela qual [dela] temos tanto medo
Ah! Medo é pouco, temos pavor só de pensar
Que bom que a semente não pensa (como nós)!
Pelo que se recusaria a morrer (ou retardar su’hora)
E seus frutos não seriam [a nós] dados de bom grado
Precisamos morrer, então
Não tenhamos medo
Sejamos como as sementes
Até porque, de certa forma, somos também sementes
12 de fevereiro de 2024