AS LEPRAS

Dores, tristezas, incômodos, lamentos... exclusões, enfim.

Os leprosos eram terrivelmente excluídos da e pela sociedade, dadas as condições que viviam. O medo de se contaminar conduzia à exclusão.

A doença encontrou cura. Mas, e a exclusão, carregada de maldade e preconceito? Esta ainda existe, não acompanhou a evolução da cura. A maldade ficou estacionada séculos atrás, e continua presente na sociedade, buscando novos motivos para se alimentar.

Quantas pessoas sofrem as dores da vida constantemente, muitas vezes atropeladas por diversos episódios que causam sofrimentos. Nesses momentos de dificuldade, poucas vezes têm forças para um único grito de misericórdia.

As dores da vida são as lepras que assolam nosso cotidiano. Um leproso usou seu grito de misericórdia se dirigindo a Jesus Cristo. E foi atendido com misericórdia.

E hoje, como nós temos agido com os gritos que ouvimos? Quantas pessoas gritam implorando misericórdia, e respondemos com palavras de ânimo. Onde ficam nossas ações de misericórdia? Dizer que vai ficar tudo bem é uma forma de oferecer conforto. Entretanto, é importante se imaginar na situação do outro. Jesus fez isso, e deu ao excluído o que ele precisava. Nem sempre nós podemos oferecer as curas necessárias. Mas podemos nos esforçar e criar situações que possam levar às curas necessárias.

Diante de tantas lepras que nos incomodam, não vamos deixar de dar nosso grito por socorro.

Diante de tantas lepras que adoecem as pessoas, não vamos deixar de oferecer curas e caminhos de cura.

As maldades e exclusões também precisam ser curadas e erradicadas. Erradicadas da sociedade, erradicadas de nossos corações, de nossas ações.

É isso.

Toninho Miguel
Enviado por Toninho Miguel em 11/02/2024
Código do texto: T7996866
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