A Crença no Amor.
A Crença no Amor.
Incrédulo, o homem acreditou amar, na insensatez desse sentimento, viu-se nulo, validado, apenas pelas emoções do momento. Perguntas foram elaboradas no decorrer de uma vida inteira cuja morte selava um trato com o destino, destinado a não usufruir todo suposto amor.
O amor, afiado como uma navalha, corta-lhe o peito até as veias que sustentavam cada sonhos, cada projetos, desenhados com a maior precisão para um possível futuro. O futuro impreciso em sua forma deixava a critério dos seus atos uma ação por vir, e, este quando vinha, deixava no presente a certeza de ser incerto.
Seu amor teve tantos nomes, tantos pseudônimos, que, muitas vezes fundia-se a tantos outros em sua caminhada. No caminho, entre flores e espinhos, novas feridas foram abertas, reabertas a cada passos, mais quê, no final, não passavam de feridas mal cicatrizadas.
Na crença desmedida deste Grau tão longe de ser Santo, o homem viveu o inferno de doar-se, de ser verdadeiro, de ser ele mesmo, mesmo sabendo o quão inútil fora. Acreditou, por ouvir palavras doces, pelos gestos de empatia, por não compreender o que lhe mostravam as pequenas letras no rodapé, e, pela beleza contida naquela alma afim, mesmo assim... Acreditou.
Eu acreditei.
Você ainda acredita.
Nós, com toda certeza, iremos acreditar um dia.
Texto: A Crença no Amor.
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 31/01/2024 às 19:58