Nos seus Olhos um Mar a Desvendar.

Nos seus Olhos um Mar a Desvendar.

O crepúsculo chega anunciando o anoitecer, com as suas cores, com os seus raios, e, com um silêncio estrondoso abaixo de si, um panorama versátil a escolher, são campos tão densos que sua luz é impedida de entrar, outros, tão abertos com uma extensão exuberante como seu olhar, que, relembra um oceano, à sua volta, segredos tão abissais, quê, ao tentar descobrir-lo leva-o naufrágio certo. Neste mesmo quadro, há lugares tão paradisíacos, quê, ao ousar desbravar-lo, o tornará detento em uma confortável agonia.

A tardezinha mostrava-se incauta no seu avançar, a cada avanço, subjugava o dia ao seu bel prazer, e, nesse momento de deleite, o sol, sem nem mesmo questionar, pôe-se. Como uma dama eloquente, a noite desfila sobre o hemisfério, ela dança, anda, algumas vezes, até corre para mostrar-se senhora absoluta do cenário por vir. Nesse bailar nostálgico, encerra sua cerimônia nos deixando num escuro total se não fosse pela lamparina naquele travessão ao longe. Aquele travessão, iniciava toda trajetória daquele momento, assim como, enfatizava o momento final.

O mar de ondas calmas, faziam reverência a todo sentir, podia mesmo em si, sentir profundamente toda aquela imensidão, todo mistério em volta do seu olhar, este olhar de uma tonalidade azul-esverdeado, onde, a lua fazia-se presente, iluminando o verde dos meus. Neste clarear, a lua dizia-me com exatidão o caminho a percorrer até seu coração. Sim! Esse mesmo coração quê, outrora viveu histórias, umas com finais tristes, outras alegres, e, muitas vezes, sem saber o porque de não ter havido emoções, encontrando-se à deriva num arquipélago de intensas paixões.

Nossos corpos entrelaçados, sem apreciar o quadro a frente, sem admirar as luzes emitidas pelo reflexo do manto oceânico, de onde, ao longe, a costeira guia nossos pensamentos á um só pensar... O de entregar-se a Eros, e, Afrodite.

Rege a lenda quê, várias Naus irromperam o pélago sob o comando desta natureza, homens corajosos tremeram diante o terror, marujos enfretaram a procela em busca desse Grau, e, homens comuns, enlouqueceram tentando ter a chave desta terra, mas, no fim, todos sucumbiram ao navegar pelos seus olhos com a ilusão de ter esse mar a desvendar.

Nota:

Eros (Amor)

Afrodite (Sexo)

Texto: Nos seus Olhos um Mar a Desvendar.

Autor: Osvaldo Rocha Jr.

Data: 29/01/2024 às 17:22

Osvaldo Rocha Jr
Enviado por Osvaldo Rocha Jr em 30/01/2024
Código do texto: T7987929
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