AUDÁCIA

Na noite escura de um verão frio, procuro saber onde você se encontra.

Onde está a tua vivência tão fria e profunda, que insiste em se esconder do que não conhece?

Quais os teus medos, anseios, propósitos? Confesso que minha curiosidade aguça, quando o assunto é você.

No entanto, onde você está?

Quais os teus caminhos, as tuas lutas e dores?

Não queres alguém para compartilhar a caminhada?

Bem, também ando só... com Deus e mais ninguém.

Será que é audácia de minha parte, propor-te tão curioso amor?

Será audácia, a minha pretensão de partilha, caminhada e vida?

Julgo dizer que talvez... mas, é que palavras não são nada se as obras não se constituem. E de algum modo, é preciso começar.

Se não se importar, começo eu. (Já comecei, recorda-se?)

Contudo, por onde anda a tua presença tão graciosa? Será que um dia terei a sorte de reencontrar?

Embora a razão diga que não, o coração anseia em te ter como lar... e eu bem que gostaria.

Enquanto isso, espero pela doce e amada presença do teu ser.

25/01/2024 – 22h25