O Voo.
O Voo
Voo deserto por imensos mares desertos, no silêncio observo, a dor deste momento.
Passos em falsos, marcas passadas com os olhos assombrados, vigiam atentamente minh’alma.
Minha alma grita furiosa, agitada, no caminho onde haveria de ter rosas, cravo espinhos das magoas.
Quem sou hoje, ficou para trás, morreu, quando tudo entristeceu.
Nesse deserto só meu, sou o senhor, sou apenas um vadio, lá fora, ainda faz frio.
Voo deserto, para a morte certa à beira deste pensamento único, consagrado pelo abandono, esquecido em quaisquer calçadas do tempo.
Texto: O Voo.
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 07/06/2001 ás 23:02