Castidade x respeito humano
É comum a zombaria para com rapazes que defendem a pureza e a castidade, em que se dizem coisas com o efeito de: “esses são da turma dos virgens”. No mais das vezes, insinuam coisas piores, que não seria bom reproduzir. Só numa sociedade como a moderna, que muito deprecia as virtudes da graça celeste, para alguém achar que é vergonhoso se manter virgem e que alguém (que recebeu um batismo válido) estaria dispensado de observar o 6º mandamento da Lei de Deus.
Agem como se o rapaz passasse a ser homem e merecesse todo tipo de louvor, quando usa de seu corpo para satisfazer os apetites da carne e profanar o corpo do outro, como os seus zombadores fizeram outrora e cujo remorso não pára de lhes fustigar a consciência.
Se se trata de pessoas solteiras, devia ser a coisa mais normal do mundo que essas fossem virgens e assim permanecessem até a morte, no caso dos celibatários e religiosos, ou até a consumação do matrimônio, para poder dizer as mesmas palavras duma tia, casada há quase 60 anos: “Cheguei ao matrimônio pura e imaculada, como manda a Santa Igreja”.
Quantos dariam tudo para retornarem ao estado de inocência! Foi o que levou Santo Agostinho, Santa Margarida de Cortona, Santa Maria Egipcíaca, Santa Pelágia e tantos outros santos a entregarem suas vidas a Deus, levando uma vida inteira de penitência e oração. Foi a dor de ter ofendido a Deus, Nosso Senhor, que levou o grande São Jerônimo a dizer: “Se elevo a virgindade até os céus, não o faço por possuí-la, mas por admirar o que não tenho”.
É o que diz Gino de Sant’Agnese, autor do livro “A colina de Sião”: “Recordai-vos ó jovens virgens! Todos aqueles que desejam praticar virtudes excelsas devem estar dispostos a sofrer desprezos, injúrias, calúnias e perseguições; pois como ensina São Gregório, não se pode alcançar grandes recompensas senão através de sacrifícios enormes. (…) No próprio desprezo e escárnio que o mundo perverso, libertino e vicioso vota à virtude angélica, podeis ler quanto ele a estima e julga preciosa. O provérbio ensina: 'Quem despreza, aprecia.'”
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De uma postagem da irmã Brena Tomasini (21 set. 2016), com modificações.