Aquilo que é quando não se entende
Bona, diz a ela. Pergunta se quer voltar. Caso queira, abra a porta e deixe-se aconchegar.
Não seja o carrasco, o juiz ou o promotor. Se acha que ela deve algo, seu coração não perdoou.
Perceba o que sente quando rememora a sua voz. Se aflige ou acalma? Agonia ou deságua? O que representa para ti?
Não caia no senso comum que diz que ela te deve algo, que remete à vingança e à injustiça - da falsa justiça moral -, pois ela não quer perdoar.
Quer causar dor, te fazer igual ou equivalente ao mal e para quê?
A mesma moeda em todo seu valor traz em igual proporção a mesma desgraça.
Que bem há nisso? Que justiça há em fazer olho por olho?
Mais uma vez, morre você e o outro.
Mais uma vez, dois buracos são cavados e dois caixões enterrados.