Aquilo que é quando não se entende

Bona, diz a ela. Pergunta se quer voltar. Caso queira, abra a porta e deixe-se aconchegar. 

Não seja o carrasco, o juiz ou o promotor. Se acha que ela deve algo, seu coração não perdoou. 

Perceba o que sente quando rememora a sua voz. Se aflige ou acalma? Agonia ou deságua? O que representa para ti?

Não caia no senso comum que diz que ela te deve algo, que remete à vingança e à injustiça - da falsa justiça moral -, pois ela não quer perdoar.

Quer causar dor, te fazer igual ou equivalente ao mal e para quê? 

A mesma moeda em todo seu valor traz em igual proporção a mesma desgraça. 

Que bem há nisso? Que justiça há em fazer olho por olho?

Mais uma vez, morre você e o outro. 

Mais uma vez, dois buracos são cavados e dois caixões enterrados. 

Paullino
Enviado por Paullino em 22/01/2024
Código do texto: T7982185
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.