Obsidiana

Chuva de fragmentos de vidro da alma quebrada, corvo dos olhos vermelhos com asas de papel a sangrar, corda de obsidiana em volta da folha de hera. Lança da lâmina de silêncio a perfurar o coração de vitral, o quebrar do espelho a refletir alma do invisível, estilhaço do fragmento do sonho a se tentar alcançar. Não encontrar do perder sem nunca conhecer, o olho a enxergar a estrela sob oceano celeste, o corta dos espinhos da armadura invertida. Clamor sem som a se perder em meio ao silêncio na multidão, sonhador que não pode sonhar sonhando o sonho que deseja encontrar ao acordar, fantasma de nenhum lugar em meio ao dançar de sombras no baile de máscaras.