A Inspiração

Parafraseando Pressefield, o momento epifânico que se vive quando se experiência as Musas é sempre um milagre produzido pelos Deuses.

De certa forma, quem o vive, sabe que o viveu. Já teve aquela sensação de nós anos XXXX ou YYYY você estava totalmente no “flow”? Tudo fluíra, a página que se precisava escrever, foi escrita, o trabalho que tinha que entregar, foi entregue, a poesia que precisava sair da alma, foi extraída.

O que acontece é que, depois desse momento epifânico, começa a verdadeira jornada. Sim, fomos tocados pela Musa naquele momento para fazer o que temos que fazer, mas a Musa, ela espera algo em troca. Ela lhe deu a inspiração e espera que você use-a e plasme no mundo aquilo que há de belo. É fácil falar isso durante o momento que isto acontece, você se torna inabalável, sua vida está dando certo, tudo está seguindo o curso que deve seguir, você se torna altamente produtivo, em todas as áreas. Lembro-me bem do meu momento epifânico durante a pandemia que acontece por volta de 2020. Acordava todo dia cedo, escuta música lofi, cerca de 30 minutos, tomava o meu café, viu alguns 10 minutos de palestras filosóficas e no momento seguinte escrevia poesia.

Maldito trem que para na minha estação quando a Musa me inspira. Será que eu devo começar a escrever mais estações antes? Será que a Musa irá permitir?