Entre o Não e o Sim: Reflexões sobre a Dualidade Humana
Comece com não, termine com sim, simples assim? Sim, porque não, começar negando e terminar afirmando. Talvez a dualidade e a dúvida coloquem em xeque nossos pensamentos. Por que disse não naquele momento da vida? Por que não disse sim? O aceite é complexo, questionável. Devo usar a razão ou a emoção? O que vale mais, o sentimento ou a frieza do pensamento? Cercados de opiniões, a quem recorrer, senão à mente, por mais coesa que esteja, ela buga.
Arrepender-se do feito e depois murmurar, resmungar, pela falha. Mas que falha? O pior é perder o senso de moral e ética. Mas, afinal, o que é moral e ética nessa sociedade distante dos princípios que nortearam a antiga escola grega? Entre o eco dos cliques de mouse e a invisibilidade por trás de perfis digitais, o dilema persiste: o que é moral e ética em uma sociedade que, mesmo distante da antiga escola grega, ainda busca respostas na dualidade do 'não' inicial e do 'sim' subsequente? Seremos capazes de largar o anel de Giges por apenas um segundo?
No mundo digital, ficamos invisíveis atrás de perfis fakes, fazendo e refazendo páginas cheias de pensamentos contra ou a favor de alguém ou de si próprio. Estou nesse mundo cada vez mais distante do fraterno, não por minha culpa, mas pela situação futurística onde nossos corpos são apenas avatares felizes, distantes de um abraço caloroso, de um aperto de mão que transcende a frieza dos pixels.
Assim, termino com um clique do mouse, vou desligando a máquina e escolhendo o botão da mensagem. A sensação do dedo pressionando a tecla, a incerteza que paira enquanto a máquina se apaga lentamente, tudo isso ecoa na minha mente como um suspiro virtual. Deseja mesmo desligar? Sim ou Não. SIM!
Uma resposta que ressoa no silêncio digital, mas que ecoa como uma decisão palpável em um mundo cada vez mais efêmero.