Inédito
Preciso de inspiração para escrever... Digo, tudo me inspira a expor em palavras os sentimentos, pensamentos, e reflexões.
Porém, tenho certos vícios e manias. E uma delas é que não consigo escrever nada de primeiro momento. Tem que primeiro me despertar interesse, curiosidade.
Depois, guardo-a em meus arquivos mentais. Posteriormente, dependendo do quanto me incomodar o espírito, escrevo pequenos rascunhos que passarão por eternos consertos, molduras e esquadras. E se, após constantes releituras sentir-me completo deixo-a de lado, fermentando, marinando.
Só que aí é que algo incrível acontece!
Gosto de me comparar a um grande artista escultor. Ele dizia que quando suas esculturas paravam de falar e conversar com ele, dava-as por completo!
Algo, de certa forma semelhante, mas de forma oposta acontece comigo.
Tenho muitos rascunhos guardados, outros estão comigo desde que inciei essa aventura. Contudo, não sinto que estão completos, ainda não. É apenas quando tenho um breve vislumbre de que aquilo que esculpi está perto daquilo que concebi no mundo das ideias é que sinto-me respondido.
Respondido pela minha obra.
Então está feito, está pronto. Não por ela ter cessado nossa conversa, mas por ela ter aceitado o presente do meu trabalho a ponto de me privilegiar com sua resposta. Sou digno!
Então posso executar aquilo ao qual se resume toda essa aventura: Te proporcionar um diálogo ou uma interação, ou aquilo que bem quiser com o inédito.