CHEGANDO AO FIM
O final da vida ... do dia
seria, quem sabe, o final do dia [que parecia jamais se findar] da vida?!
O dia o qual está para se concluir
E a vida igualmente a que terminará ... [um dia]
Quem chegará ao [seu] final seria primeiro o dia ou a vida?
Quem está “na frente” de quem?
Quem findará e quem finará primeiro?
E quem ficará por último?
Horas atrás de horas
Ou à frente de suas próprias horas
Minutos que nascem e se agonizam
O que diz o mundo sobre isto?
Nada existe mais estoico que o Tempo
Ou mesmo a própria Vida que tudo vê nos humanos movimentos
Mas em nada interfere
E apenas vê
Oh! Afligira alguém a lembra-se às vezes do “limite de seu tempo”?
Digo “às vezes” porque é o que todos mais gostam d’esquecer:
De que um dia iremos morrer
E o dia se desesperaria caso lembrasse que sua claridade logo mais
não s’haveria?
A verdade é que o Homem não aceita o seu fim
E até se revolta co’ele
Seria a vida uma mesma em todo lugar?
Eu deste modo acho
D’uma extremidade a outra as águas se ondulam
Do mar a começar nas terras d’aqui até chegar a outras terras
é o mesmo mar
E onde começa um talvez não termina o outro
Já que não existe [isolado] um para o outro começar
Do mar que dividido nunca esteve nem estará
E assim nada existe para começar ou se findar
O tempo também não se divide
Ainda qu’existam dias e noites
Contudo, tudo é tão somente “aparência”
Ou tempos que ilusoriamente “aparecem”
Ou talvez não, já que tudo se dá em nossa mente
Uma vida eternamente anterior a ela mesma
Quem isto, pois, compreenderia?
Não sei se tenho alma ou se sou alma
Ou mesmo se não sou... nada
Não sei de nada!
Percorro um caminho a me parecer por demais longo
Ou vasto em seu tempo a que [o] considero por ainda não ter chegado ao fim
E, embora demorado ao que me parece, ainda me desconheço
No que até hoje não m’encontrei
E, portanto, ainda não cheguei a nenhuma conclusão a meu respeito
Não fui totalmente fiel à Vida, eu sei
E gostaria muito de saber quem realmente [aqui] foi
Se é qu’existiu [ou exista] alguém, o qu’eu duvido!
E se [eu] perdi meu tempo foi somente o [tempo] cronológico
O meu arrependimento apagou este sentimento
E pagou minha dívida pelo o que fiz (ou deixei de fazer) no tempo
Sinto que já estou chegando a fim de minha jornada
Tal como este dia a que se aproxima de seu fim
Vamos ver quem chegará primeiro!
11 de janeiro de 2024
IMAGENS: FOTOS PARTICULARES (REGISTRADAS POR CELULAR) E TRÊS GENTILMENTE ENVIADAS PELO GRANDE ESCRITOR CHARLES LIMA (TIRADAS DA VARANDA DE SEU APARTAMENTO)
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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES
CHEGANDO AO FIM
O final da vida ... do dia
seria, quem sabe, o final do dia [que parecia jamais se findar] da vida?!
O dia o qual está para se concluir
E a vida igualmente a que terminará ... [um dia]
Quem chegará ao [seu] final seria primeiro o dia ou a vida?
Quem está “na frente” de quem?
Quem findará e quem finará primeiro?
E quem ficará por último?
Horas atrás de horas
Ou à frente de suas próprias horas
Minutos que nascem e se agonizam
O que diz o mundo sobre isto?
Nada existe mais estoico que o Tempo
Ou mesmo a própria Vida que tudo vê nos humanos movimentos
Mas em nada interfere
E apenas vê
Oh! Afligira alguém a lembra-se às vezes do “limite de seu tempo”?
Digo “às vezes” porque é o que todos mais gostam d’esquecer:
De que um dia iremos morrer
E o dia se desesperaria caso lembrasse que sua claridade logo mais
não s’haveria?
A verdade é que o Homem não aceita o seu fim
E até se revolta co’ele
Seria a vida uma mesma em todo lugar?
Eu deste modo acho
D’uma extremidade a outra as águas se ondulam
Do mar a começar nas terras d’aqui até chegar a outras terras
é o mesmo mar
E onde começa um talvez não termina o outro
Já que não existe [isolado] um para o outro começar
Do mar que dividido nunca esteve nem estará
E assim nada existe para começar ou se findar
O tempo também não se divide
Ainda qu’existam dias e noites
Contudo, tudo é tão somente “aparência”
Ou tempos que ilusoriamente “aparecem”
Ou talvez não, já que tudo se dá em nossa mente
Uma vida eternamente anterior a ela mesma
Quem isto, pois, compreenderia?
Não sei se tenho alma ou se sou alma
Ou mesmo se não sou... nada
Não sei de nada!
Percorro um caminho a me parecer por demais longo
Ou vasto em seu tempo a que [o] considero por ainda não ter chegado ao fim
E, embora demorado ao que me parece, ainda me desconheço
No que até hoje não m’encontrei
E, portanto, ainda não cheguei a nenhuma conclusão a meu respeito
Não fui totalmente fiel à Vida, eu sei
E gostaria muito de saber quem realmente [aqui] foi
Se é qu’existiu [ou exista] alguém, o qu’eu duvido!
E se [eu] perdi meu tempo foi somente o [tempo] cronológico
O meu arrependimento apagou este sentimento
E pagou minha dívida pelo o que fiz (ou deixei de fazer) no tempo
Sinto que já estou chegando a fim de minha jornada
Tal como este dia a que se aproxima de seu fim
Vamos ver quem chegará primeiro!
11 de janeiro de 2024