Vida
Interessante como tudo começa. Pela lei da vida, nascemos e morreremos da mesma forma. Com pouco cabelo e sem dente. Pelo menos deveria ser assim. O que me chama atenção é o caminho desse processo. Será que estamos realmente prontos?
Uma infância é considerada boa quando há lembranças das brincadeiras, dos amigos, dos sorrisos, e, até dos choros. Quem nunca ouviu o nome ser gritado para entrar? E o choro na hora do banho porque o ralado está ardendo. Os doces. As brincadeiras que pareciam não ter fim. Literalmente dávamos o sangue na hora de brincar. Enfim... momentos. Saudosas lembranças.
Quando olho para nosso presente, os atuais acontecimentos e olho para o passado que nem é tão distante, percebo o quanto nos perdemos do que realmente importa. Tornamo-nos reféns das telas. E não só das telas, mas reféns de circunstâncias de tão baixo valor.
Passamos a ser medidos por status. É mais importante quem tem. Quem tem dinheiro, carro, casas grandes localizadas em bairros "chiques". Esquecemo-nos que, quase sempre, o que é bom para um não é bom para o outro. Sem contar que esse não é o foco da vida.
A vida não está relacionada à posses. Pelo menos não deveria ser assim. O valor está em quem somos. O verdadeiro valor está nas pessoas ao nosso lado e não nas coisas que conquistamos ao longo da vida. O verdadeiro valor está nas experiências que adquirimos ao longo da vida. O valor está nos sorrisos dados, nos abraços distribuídos, nas quedas e recomeços - que fazem parte da vida de qualquer um-, nos sonhos realizados e até nos que ainda não foram. Enfim... o verdadeiro valor da vida está nos momentos mais singelos. E quanto mais cedo você aprender essa lição mais forte você será. Você viverá de maneira mais leve, mais intensa de fato, mais feliz.