Vida

Interessante como tudo começa. Pela lei da vida, nascemos e morreremos da mesma forma. Com pouco cabelo e sem dente. Pelo menos deveria ser assim. O que me chama atenção é o caminho desse processo. Será que estamos realmente prontos?

Uma infância é considerada boa quando há lembranças das brincadeiras, dos amigos, dos sorrisos, e, até dos choros. Quem nunca ouviu o nome ser gritado para entrar? E o choro na hora do banho porque o ralado está ardendo. Os doces. As brincadeiras que pareciam não ter fim. Literalmente dávamos o sangue na hora de brincar. Enfim... momentos. Saudosas lembranças.

Quando olho para nosso presente, os atuais acontecimentos e olho para o passado que nem é tão distante, percebo o quanto nos perdemos do que realmente importa. Tornamo-nos reféns das telas. E não só das telas, mas reféns de circunstâncias de tão baixo valor.

Passamos a ser medidos por status. É mais importante quem tem. Quem tem dinheiro, carro, casas grandes localizadas em bairros "chiques". Esquecemo-nos que, quase sempre, o que é bom para um não é bom para o outro. Sem contar que esse não é o foco da vida.

A vida não está relacionada à posses. Pelo menos não deveria ser assim. O valor está em quem somos. O verdadeiro valor está nas pessoas ao nosso lado e não nas coisas que conquistamos ao longo da vida. O verdadeiro valor está nas experiências que adquirimos ao longo da vida. O valor está nos sorrisos dados, nos abraços distribuídos, nas quedas e recomeços - que fazem parte da vida de qualquer um-, nos sonhos realizados e até nos que ainda não foram. Enfim... o verdadeiro valor da vida está nos momentos mais singelos. E quanto mais cedo você aprender essa lição mais forte você será. Você viverá de maneira mais leve, mais intensa de fato, mais feliz.

Fernanda Muniz
Enviado por Fernanda Muniz em 11/01/2024
Reeditado em 11/01/2024
Código do texto: T7973976
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