Simpatias e Final de Ano

Na vida de todo o brasileiro que se preze, virada de ano tem que ser na praia pulando ondinhas, ou se lançando ao mar junto com os barquinhos e flores para a senhora dos pescadores, Iemanjá. A superstição é mais uma ferramenta de motivação psíquica, emocional e espiritual, pois nos simples rituais em momentos específicos, é criada a ambiência para a criatividade aflorar, sonhos que se concretizam na mente, e que se tornam verdade, pois a fé é tamanha que nada pode deter aquele que leva consigo a força da tradição popular.

Particularmente já ouvi de tudo, como por exemplo, se não pode estar na praia, dê sete pulinhos numa bacia cheia d’água, pois o que vale mesmo é a intenção, a melhor de toda é comer nhoque, pois além de encher a barriga traz sorte por todo um ano! Haja malhação depois de tanta comilança!

É tão bom ver que pelo menos em um dia do ano, mesmo sendo o ultimo, as pessoas tem a vontade de se vestirem de branco e cultuar a paz, se unem num único abraço e uníssonos contam de dez a um... um feliz ano novo e um adeus ano velho, todos se comprometendo em deixar tudo o que passou para trás e plantar logo no primeiro dia de um novo ano, de um novo tempo, sementes de união e progresso.

Realmente, a esperança parece ser a ultima a morrer, pois nos últimos dez segundos de 365 dias, é quando se realiza o que grandes almas que passaram pela terra sempre pregaram, nos deixando como ensinamento ainda a ser compreendido, a Paz, o Amor, a Fraternidade, União e Respeito mútuo entre todos os seres...

Enfim, o que parece ter importância é qualidade destes pequenos momentos que passamos juntos de amigos, da família, e não a quantidade de comida que tem na mesa ou os presentes e votos trocados, afinal, palavras o vento leva, mas o que sentimos, fica guardado pela eternidade na morada de nossa Alma, no nosso coração.

Ricardo Takaki
Enviado por Ricardo Takaki em 30/12/2007
Código do texto: T797385
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.