A RAZÃO É SOBREVIVER*
Eu fui aceito por seu prestígio e confiança. – Mas, nunca agradeci... - Rapidamente pulei para a casa da ousadia. E usei o seu pescoço em contrapeso. Assim me tornei a sua imagem e semelhança; e apossei-me de tudo que era seu. Mas, o tempo diz muito de quem somos nós. Todos os olhares passaram a ser de reprovação, como se desejassem para mim a única chibatada que Cristo não recebeu. "Crucifique-o". "Crucifique-o"... .- Qual cruz eu carrego primeiro, se nem o remorso me doía a consciência? A razão era sobreviver. Pois isso suportei o processo. Fiz deste mundo a minha precisão; e ele nunca foi de leveza. Agora, vivo chefiado pelo meu erro. Escravo dos seus favores. Diminuo-me ao final do expediente/dia. Mas, nada foi lição. O inocente é também um criminoso. Enfim, uma confissão! Na minha infância, eu via nuvens de bichinhos inofensivos que me deturparam a consciência.