Sem "eu"
A mente, não faria parte do corpo. Antecederia, o corpo, por fazer parte de uma consciência geral, de uma consciência universal. A morte, seria somente mais um elemento do todo, porque tudo aparece e desaparece. O ego, fonte de todo o sofrimento, pois se o desejo humano seria insaciável, e estaria muito mais no apego com o físico. A constante busca por prazer, conforto físico. A necessidade de criar crenças, ideologias, enfim. É como se tudo no mundo, estivesse a serviço de atender a nosso próprio ego. Lacan, fala sobre a fase espelho, que seria a partir do momento que ao nos vermos diante o espelho, percebendo-se enquanto indivíduos, saberíamos ser separados do todo. Na minha concepção, a tradição budista, tende fazer uma espécie de transcender da consciência, como se não tivéssemos que existir enquanto corpo, pois essa ideia de corpo seria a mais alienante. Nossa consciência, não tem de estar a serviço de um corpo carnal, mas sim de si mesma, como algo muito maior, pela conexão de fazer parte desse todo geral e universal. Nesse contexto, a "morte do ego", seria a morte do eu, porque se a concepção de indivíduo, muito mais traria adoecimento, quando você aos poucos vai percebendo não ser o "eu", mas o todo, simplesmente mais um parte do macrocosmo, iria morrendo o "indivíduo" psíquico.