MEDITANDO E PERGUNTANDO

 

Certezas?!

Que certezas temos ... no exílio?

Simplesmente nenhuma

A que serve a vida de tantos?

Para quê?

Para quem?

Importa, pois, a todos o viver?

A todos, oh! decerto que não

 

 

E aqui [a ti] eu pergunto?

- Você é o “herói” de sua vida ou apenas um personagem coadjuvante

na vida dos outros?

Tudo bem, tudo bem, tudo bem ...

Às vezes é até melhor ser um anônimo

Sim, um desconhecido

Para não chamar tant’atenção

Como um vira-lata, a que ninguém nota ou vê

 

 

Indecisos trafegamos no mundo

Onde não sabemos o que vale a pena ... (nada)

E, sobretudo, o que [aqui] se ter

E assim, eis qu'eu pergunto:

- Por que nos esforçamos (e até nos exaustamos) tanto?

Alguém saberia dizer?

Pelo menos as almas que lembram que não ficarão [aqui] para sempre

(Quem sabe?!)

Contra tantos que se iludem atrás de glória e riqueza (que passam!)

Oh! É verdade:

Quase todos esquecem que estamos n'um exílio

E quase ninguém se lembra que nossa real "Pátria" ... é outra!

"Quase todos?", "quase ninguém?"

Prefiro não responder

Na verdade, só quis ser um pouco "bonzinho" ... para com todo mundo

 

 

Mais uma pergunta:

- Você sabe conjugar (em todos os tempos) o verbo “viver”?

O que [você] mais faz em seu tempo?

 

 

Bebemos da [obrigatória] taça das lágrimas

No que elas são "reais" (e amargas)

Enquanto os afortunados s'entorpecem na ilusão do "poder"

E, quando menos esperam, eis que sua glória termina qual um frustrante orgasmo

No que [ele] será também (para sua infelicidade) ... "real"

 

 

E novamente [eu] pergunto:

- É possível ser feliz?

Caso afirmes que não, qual o motivo de [tu] querer estar aqui?

 

 

Ah! Nem sei a razão d'estar falando isto

Talvez porque revoltado nest’hora m'encontro (e muito)

Fazer o quê?

Sou assim ...

Ao que finjo fazer perguntas para os outros

Quando, na verdade, as faço para mim

E se [eu] faço as mesmas perguntas o tempo todo,

não nego que também sou assim

E daí?

Faço-as como repito as mesmas orações [judaicas] do Sidur todos os dias

(E não somente no sagrado [dia do] Shabat)

Faço para não esquecer ... o que se deve pedir nas orações

Faço para não m’esquecer ... de perguntar

Como eu disse:

Sou “assim”

Fazer o quê?

 

 

05 de janeiro de 2024

 

IMAGENS: FOTOS PARTICULARES (REGISTRADAS POR CELULAR)

 

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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES

 

MEDITANDO E PERGUNTANDO

 

Certezas!

Que certezas temos ... no exílio?

Simplesmente nenhuma

A que serve a vida de tantos?

Para quê?

Para quem?

Importa, pois, a todos o viver?

A todos, oh! decerto que não

 

E aqui [a ti] eu pergunto?

- Você é o “herói” de sua vida ou apenas um personagem coadjuvante

na vida dos outros?

Tudo bem, tudo bem, tudo bem ...

Às vezes é até melhor ser um anônimo

Sim, um desconhecido

Para não chamar tant’atenção

Como um vira-lata, a que ninguém nota ou vê

 

Indecisos trafegamos no mundo

Onde não sabemos o que vale a pena ... (nada)

E, sobretudo, o que [aqui] se ter

E assim, eis qu'eu pergunto:

- Por que nos esforçamos (e até nos exaustamos) tanto?

Alguém saberia dizer?

Pelo menos as almas que lembram que não ficarão [aqui] para sempre

(Quem sabe?!)

Contra tantos que se iludem atrás de glória e riqueza (que passam!)

Oh! É verdade:

Quase todos esquecem que estamos n'um exílio

E quase ninguém se lembra que nossa real "Pátria" ... é outra!

"Quase todos?", "quase ninguém?"

Prefiro não responder

Na verdade, só quis ser um pouco "bonzinho" ... para com todo mundo

 

Mais uma pergunta:

- Você sabe conjugar (em todos os tempos) o verbo “viver”?

O que [você] mais faz em seu tempo?

 

Bebemos da [obrigatória] taça das lágrimas

No que elas são "reais" (e amargas)

Enquanto os afortunados s'entorpecem na ilusão do "poder"

E, quando menos esperam, eis que sua glória termina qual um frustrante orgasmo

No que [ele] será também (para sua infelicidade) ... "real"

 

E novamente [eu] pergunto:

- É possível ser feliz?

Caso afirmes que não, qual o motivo de [tu] querer estar aqui?

 

Ah! Nem sei a razão d'estar falando isto

Talvez porque revoltado nest’hora m'encontro (e muito)

Fazer o quê?

Sou assim ...

Ao que finjo fazer perguntas para os outros

Quando, na verdade, as faço para mim

E se [eu] faço as mesmas perguntas o tempo todo,

não nego que também sou assim

E daí?

Faço-as como repito as mesmas orações [judaicas] do Sidur todos os dias

(E não somente no sagrado [dia do] Shabat)

Faço para não esquecer ... o que se deve pedir nas orações

Faço para não m’esquecer ... de perguntar

Como eu disse:

Sou “assim”

Fazer o quê?

 

05 de janeiro de 2024

 

Carlos Renoir
Enviado por Carlos Renoir em 05/01/2024
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