Um "pouquinho" de perfeição...
Desde criança, me pego no olhar das coisas. Por quê? Nunca deixei de ser. A natureza escritora, poética, provém e persiste disso. Na ausência de "Por quês", vive a des"humanidade'. Não quero e nem posso adoecer. Adoecidos, aliás, só para que saibam não seriam os que "perdessem a razão", adoecidos seriam os que pensem tê-la. Ninguém, tem o direito de possuí-la. Ela ou estaria muito além, ou sequer existiria. Eu fico com a dúvida. Não abdico dela. Face ao desconhecido, é que todos deveriam viver e então, se atreveriam a buscar conhecimentos. Pensam, conhecer. Estúpidos, tolos, completamente boçais, nunca conheceremos nada de fato, e para que a vida não seja vã, parem de pensar que conheceriam. Desconheçam, e busquem. Desconheçam e despertem a vontade grandiosa. Dos gênios no mundo, perante tudo e si próprios, a verdade é que a prática principal consistia no desconhecimento. Quanto mais penso saber, mais me sinto pequeno(a), pois esse é o vazio grandioso, o vazio rei, aquele que manda em quem não cessa, pois a busca interminável nunca cessará. Posso ter o sono dos justos, não porque dormi sempre, ao me deitar, mas por ter feito da minha espécie, um pouquinho menos pior. Porque o contribuir, vem do que estou fazendo em mim, e que os que olhem se quiser sigam. O meu valor, não é para permanecer somente comigo, quero que imitem, sim, mas que criem suas próprias autenticidades. Não me sinto donatária da grandeza, pois não sou, mas não me cego diante ao que possa estar espalhando. Se cada um, assim fizesse um pouquinho, cada dia, como humanos imperfeitos que somos, mesmo assim, alcançariamos uma pontinha da perfeição, o que já seria uma excelência infinita.