Espancamento do Mundo
Não existe verdade. O quê? Relativizaram o todo. Espancaram, o mundo. E mesmo que realmente, não exista. Não deveriam ter sabido disso. Quem deixou saber? Critiquei dualidades, mas bem ou mal, certo ou errado, enfim, percebi que precisam urgentemente dessas definições. Na filosofia de Sêneca, existe o alcançar da virtude. Que a virtude, deveria ser cultivada diariamente. Que buscar a excelência, deveria ser o mínimo. Que ao se cultivar generosidade, por exemplo, muito mais fácil seria para o aparecimento de outras virtudes. Quando chega a era do tudo pode. Quando chega, o cardápio múltiplo das opções de escolhas. Ora, era muito mais prático quando se compreendia o era ou não era. Ou você é justo, ou não é. Ou é sério, ou não é, e por aí vai. No cardápio atual, o que você for, será justificável. É promíscuo, mas diz que seria em função de algo bom. Lucra em cima da própria venda, mas se antes era apontado, como sem valor, hoje o sem valor, virou o sabor mais escolhido e romantizado. A virtude, perdeu seu lugar. Esse é o grande diferencial. Pois, a cada época, mudavam-se os princípios, mas eram sempre bem solidificados. Ora, Bauman, contamos no atual, com a modernidade líquida, nada é feito para durar. Tudo é rápido, efêmero, descartável. É sempre aquilo, conforme Platão, aquele que se atrever a sair da caverna, verá a luz.