Gotas de Lucidez
A madrugada, que faz tanto jus aos pensamentos, sentimentos, sensações. A esse, aprofundar-se. Esse, que tantos falam. Esse, que ninguém quase sente. O que é isso, que me cava? Que em um unir des"sensato", me toma sempre. Me puni, com uma constância no fluido. Tão fluido. E se tropeço, e se deixo de perceber, em verdade, percebi. Enquanto vivem o presente, vivo minha mente, mas vivo muito mais. Muito mais. Porque, não querem viver. Não suportam. Viver a própria mente. Que audácia. Ficou para os artistas? Tão profundamente, para os poetas? Tão somente? Canibalizaram, as verídicas maneiras de existência, e nunca mais viveram. O viés da mortalidade, é imenso. Nos corpos, que vagam. Como se fossem almas, sem espiritos, dentro de consciências não formadas. Que lisonjeio vão, me disseram "É desatenta. É distraída". Nunca souberam, que os desatentos, analíticos severos, seriam. Que a internidade, nunca atrapalhou para que vissem o óbvio: a contínua ruína, o fracassar da inteligência "humana". Mas, que sendo os distraídos, tão revolucionários, iniciaram pelo fazer de si próprios, e agora monstros da iluminação, que insanos, destoam, mas ensinam. E sempre na constante: que o meu lugar, seja meu princípio de tudo. Que o que eu externalizar, despeje ao todo, alguma gota da minha lucidez...