Manicômio Pós-moderno
Tempos pós-modernos. Manicômio da ausência de sentidos. Se na modernidade, havia a compreensão de que a fusão de contraditórios, originaria uma dialética com finalidades, em tempos atuais, nem se espera que se chegue a algo. A relativização de tudo. A perda dos valores. O mais basal, é que a cada época que passe haja a derrubada de alguns valores em função de outros. Opera-se, com a rejeição de tudo o que for dialético, aliás. Pois, dialética requer sofrimento. O embate, com o contraditório a si, em verdade, sempre foi o necessário. No disparate atual, "positividade", a sofista principal. Prezar pela falsa felicidade, é a venda que sempre realizam. Pessimistas, prezados, é como são chamados os que rejeitam. Desviar de todo e qualquer sofrimento, tem sido as tentativas constantes, que tem ocasionado a era da depressão e ansiedade. Liquefazem a vida. Liquidificaram, o todo. Tal qual, o adoecimento se prontificou como o geral. Tal qual, a miséria mental corroeu o mais fundo dos miolos. Estamos diante, de algo urgentemente necessitado de dialética. Tempos liquefeitos. Presença em nada. Tudo na efemeridade, do impulsivo como ordem catastrófica. Impulsivo, porque abominou a racionalidade. Impulsivo, porque no espontâneo, no automatismo cotidiano, é somente repetição de práticas. Práticas, sem prática. É tão só, o retorno a barbárie. Se não existem sentidos, como será?