VIAJANDO SEM RUMO
Viajar
Par’onde?
Sei lá! que isto me importa
Para qualquer lugar
Mas que seja para um lugar “físico” (de verdade)
Só para sair d’aqui
Do lugar d’onde estou
No desejo, para muitos “estranho”, ao que certamente diriam,
de ir para “lugar nenhum”
E apenas ... viajar
Sem saber o caminho
Ou se este nos levará a algum lugar
Enfim, sair d’uma margem [da vida] par’outra
Quem assim o fará?
Movido pelo prazer no que se sente ... de ir embora
Como que fugindo
E, sobretudo, sem destino algum (conforme disse)
De ir para um rumo determinado
E assim, seguir ... sem nenhuma direção
Na verdade, ninguém sabe par’onde vai
Ainda que diga que saiba
Nesta vida tão efêmera quanto as nuvens
(Por mais densas ou pesadas que sejam!)
Ah! As nuvens!
Voar, então
No trajeto que adiante segue ... em seu movimento retilíneo uniforme
E talvez somente para saber (ainda que nem isto queira) o que além
d’horizonte haverá
E ir de horizonte em horizonte
E não somente pelo ar
Como também pelo [quase infinito] mar
E assim, também navegar
Cruzar alvoradas
Atravessar ocasos
Pairando acima da terra
Penetrando e perfurando nuvens (se for pelo ar)
Ou então, se adentrar sem medo ao alto mar
Saboreando tempestades e calmarias
Tormentas e bonanças
E se não for possível voando ou navegando,
que seja pela estrada mesmo, mas sem pressa
Sim, por terra
Caminhando por trilhas
Onde o que vale é viajar, não importa como
E, principalmente, “amar sua viagem”
Não a odiar [a viagem], jamais
Viajar
Para fora e também ... para dentro [de si]
Sim, sobretudo para dentro
No que se perdeu de vista
Pelo tanto que se avançou ... e se perdeu
No que preciso se fará em ir mais uma vez ao passado
Contudo, para o presente ... retornar
Sem querer para sempre n'àquele tempo [qu'em verdade não mais existe] ... ficar
E nesta mística viagem saber ond’errou no caminho
Para quem sabe, poder voltar
O viver é uma dinâmica viagem
(Entre dias e noites que se alternam
E raro quem saiba sua real conta)
Nesta viagem que passa rápido
E quando damos por conta, já chegamos ... para o desembarque!
31 de dezembro de 2023
IMAGENS: FOTOS PARTICULARES (REGISTRADAS POR CELULAR)
MÚSICA: "NOWHERE MAN" - THE BEATLES
https://www.youtube.com/watch?v=j5eif5xZQlU
https://www.youtube.com/watch?v=7laFl6NZyoU
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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES
VIAJANDO SEM RUMO
Viajar
Par’onde?
Sei lá! que isto me importa
Para qualquer lugar
Mas que seja para um lugar “físico” (de verdade)
Só para sair d’aqui
Do lugar d’onde estou
No desejo, para muitos “estranho”, ao que certamente diriam,
de ir para “lugar nenhum”
E apenas ... viajar
Sem saber o caminho
Ou se este nos levará a algum lugar
Enfim, sair d’uma margem [da vida] par’outra
Quem assim o fará?
Movido pelo prazer no que se sente ... de ir embora
Como que fugindo
E, sobretudo, sem destino algum (conforme disse)
De ir para um rumo determinado
E assim, seguir ... sem nenhuma direção
Na verdade, ninguém sabe par’onde vai
Ainda que diga que saiba
Nesta vida tão efêmera quanto as nuvens
(Por mais densas ou pesadas que sejam!)
Ah! As nuvens!
Voar, então
No trajeto que adiante segue ... em seu movimento retilíneo uniforme
E talvez somente para saber (ainda que nem isto queira) o que além
d’horizonte haverá
E ir de horizonte em horizonte
E não somente pelo ar
Como também pelo [quase infinito] mar
E assim, também navegar
Cruzar alvoradas
Atravessar ocasos
Pairando acima da terra
Penetrando e perfurando nuvens (se for pelo ar)
Ou então, se adentrar sem medo ao alto mar
Saboreando tempestades e calmarias
Tormentas e bonanças
E se não for possível voando ou navegando,
que seja pela estrada mesmo, mas sem pressa
Sim, por terra
Caminhando por trilhas
Onde o que vale é viajar, não importa como
E, principalmente, “amar sua viagem”
Não a odiar [a viagem], jamais
Viajar
Para fora e também ... para dentro [de si]
Sim, sobretudo para dentro
No que se perdeu de vista
Pelo tanto que se avançou ... e se perdeu
No que preciso se fará em ir mais uma vez ao passado
Contudo, para o presente ... retornar
Sem querer para sempre n'àquele tempo [qu'em verdade não mais existe] ... ficar
E nesta mística viagem saber ond’errou no caminho
Para quem sabe, poder voltar
O viver é uma dinâmica viagem
(Entre dias e noites que se alternam
E raro quem saiba sua real conta)
Nesta viagem que passa rápido
E quando damos por conta, já chegamos ... para o desembarque!
31 de dezembro de 2023