Sábios contempladores
Sábios são como águias só que águias conhecem os céus, e os sábios o homem.
Um erro eu cometi, achei que sábio me tornaria.
Esqueci que mestres morrem discípulos da vida
Então hoje assumo errei, mas nunca desisti de aprender.
Aprendo, pois:
Com as arvores e o canto da cachoeira,
Com as lagrimas mais também com os sorrisos,
Aprendo com as cores e com os sabores,
Aprendo me vendo nos teus olhos “eu”.
Ó pequena menina grande!
Dizia o poeta: para ser jovem é preciso envelhecer,
Contemplar é a arte de aprender
E o sofrer é ferramenta do viver.
Escrevi tristes coisas, porquanto meu eu neste instante é prantos, mas amanha haverá novamente outro dia,
E como todo homem inconstante ti escreverei alegrias.
Mas voltemos no que queremos nos deter.
O sábio voa sem tirar os pés do chão,
mergulha e fala sobre os sete mares sem ao menos ter visto o mar, hipócrita sabichão!
Como podes citar o amor sem nunca apaixonar?
Presunçoso poeta com sua irritante arte de contemplar,
Que te fez tão bom assim?
Responde o sábio:
__ A arte, a vida, o amor tudo que de longe vi, o sorrir e o chorar até o que nunca vi o misterioso mar.
Pois é periférica a arte de imaginar.