Sábios contempladores

Sábios são como águias só que águias conhecem os céus, e os sábios o homem.

Um erro eu cometi, achei que sábio me tornaria.

Esqueci que mestres morrem discípulos da vida

Então hoje assumo errei, mas nunca desisti de aprender.

Aprendo, pois:

Com as arvores e o canto da cachoeira,

Com as lagrimas mais também com os sorrisos,

Aprendo com as cores e com os sabores,

Aprendo me vendo nos teus olhos “eu”.

Ó pequena menina grande!

Dizia o poeta: para ser jovem é preciso envelhecer,

Contemplar é a arte de aprender

E o sofrer é ferramenta do viver.

Escrevi tristes coisas, porquanto meu eu neste instante é prantos, mas amanha haverá novamente outro dia,

E como todo homem inconstante ti escreverei alegrias.

Mas voltemos no que queremos nos deter.

O sábio voa sem tirar os pés do chão,

mergulha e fala sobre os sete mares sem ao menos ter visto o mar, hipócrita sabichão!

Como podes citar o amor sem nunca apaixonar?

Presunçoso poeta com sua irritante arte de contemplar,

Que te fez tão bom assim?

Responde o sábio:

__ A arte, a vida, o amor tudo que de longe vi, o sorrir e o chorar até o que nunca vi o misterioso mar.

Pois é periférica a arte de imaginar.

guido campos
Enviado por guido campos em 30/12/2007
Reeditado em 05/02/2008
Código do texto: T796592
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.