"Vazio" peitoral
O tal "vazio" peitoral, é o que sempre me faz escrever. Não gosto, porém, dessa denotação. De vazio, não tem nada. O vazio, tem que ser visto enquanto pertencente àqueles, que nunca sentiram nada. O dito "vazio", é o receptáculo constante da alma. Chamemos, do espírito, então. Pois, no caso poético, no caso artístico, é fonte das criações. Não, prezados, novamente! Não é vazio! É sensibilidade suprema. E a sensibilidade, nunca é vazia. A verídica, não. A melancolia, que penetra em tal, é sempre muito benéfica para a arte. Para o instrumento, que somos dela. É muita dor sim. Ora, querem viver rejeitando? Saibamos apreciar. O dito sofrimento, que nunca querem. Que ousadia, seria aceitar. Mais do que aceitar, compreender. Me denominaram masoquista. Masoquismo, não seria sobreviver perante tudo, como se nunca pudesse viver? Porque gostam, demais! De cada dia que passa, estarem sofrendo, no mesmo ideal que o mundo capital sempre vende. Gostam mesmo, e ainda justificam. Porque louco, é o insano mais repleto de sanidade. Olha e crítica, mas de fato, realmente visualiza. Tenta mudar. A sociedade, o assassina. Não, não precisa ser a morte física. O matam, e fazem o mais absurdo ainda, o deixam vivo para presenciar a própria morte e a de um meio que nunca viveu, porque viver predispõe da fuga do que for alienante. E amam. É o único amor que conhecem, o amor a ilusão.