Grafia sensível
É que não tem nada, que eu ame mais. Eu sinto as palavras, da maneira mais profunda possível. Eu escrevo, o que tem que sair. Tem que sair, e dou extrema importância. Esvaziaram as palavras. Me dizem que, não teriam real valor. Eu vou acreditar nisso? Eu que vivo, para elas. Eu que vivo, de maneira que se não as tivesse. Desde quando, o sensível, o sentimental, seria desgarrado das palavras? Desde quando, vieram nessa chacota de mundo, dizer que tanto faz, que tanto fez. Na minha mente, no meu vácuo peitoral, que é como se fosse uma espécie de segundo cérebro. Porque sim, prezados, a verdade é que o racional sem a instância sensível, não seria. A razão, é razão quando ama. Quando ama lucidamemte, principalmente a alguma arte. Porque ciência, é saber, e saber é também arte.
Quem escreve, sabe a importância das palavras. Não é, simples interlocução. Palavras, não são simplesmente símbolos linguísticos, como se fossem esvaziadas de expressão. Não irei falar ou escrever, o que não sinto. Tiraram a importância das palavras. Tratam, como se pudessem ser pronunciadas sem valor real. Cada pontada de dor, que sinto escrevendo, é o sentimento. Meu intelectual, é antes de tudo sentimental. Te disseram, que não haveria conexão? Ideia, mais estapafúrdia. Se você não sente o que escreve, ao escrever o que sente, você não escreve. Logo, em verdade, somos apenas instrumentos das habilidades que nos são dadas. Não é de minha autoria, é de autoria do que me escreve, e que não podendo permanecer sem expressão, se manifesta.