Melancolia poética
Eu sou poeta. A melancolia, me traz prazer. Que coisa, mais atrevida. É contra a natureza? Que se encontre prazer, no sofrimento? Que de cada ponta de angústia, que me desaponta, venha a escrita. Não tudo, é expresso. Na verdade, a maioria não é. Tem horas, que simplesmente me prendo nos pensamentos. Não quero saber de mais nada. É uma mínima parte, o que vejam. O que escrevo. Nunca, mas nunca, toda escrita seria suficiente. Aos meus 11 anos, caderninhos e mais caderninhos de poesias. Era impressionante, que quem tivesse aprendido a escrever tardeamente, tão novinha, tivesse tanto gosto. Eram poesias banais, no sentido da inocência. Era a única felicidade conhecida de fato, a da ingenuidade. Depois, que acaba, não adianta mais buscar. Compreendam, logo. 24 anos, e uma intensidade que nem em toda vida, muitos teriam. Mudei em 4, o que nem em uma vida, mudariam. Muitas coisas a aprender, sempre. Obviamente, não dispenso o que a jovialidade, ainda me traz de falta de vivências. Mas, olhe. É brilhante, demais, o arcabouço que tenho para tal faixa etária. Imagine, neste mundo. Mas, nem por isso. Nem, assim sendo. Iria, pensar ser o suficiente. Iria pensar, ser maior que qualquer outro. Esta arrogância, não é alvejada. Quanto mais se conhece, mais pequeno. O objetivo do conhecimento, é este. Que possamos, cada vez mais nos sentir pequenos, porque o universo é imenso demais.