Te dou a minha Palavra!
Há
nos
mais
pormenorizados
universos,
desses que cabem nos bolsos
ou no sonho destilado na retina de quem resiste,
um torpor escondido por amor ao esquecimento,
um suspiro esquecido pelo desejo de ter desejo,
um grito contido na alma à procura de vida.
E aí,
você se lembra:
cada face acabrunhada,
cada gesto premeditado,
cada voz em tanta esquina
a te convidar,
a te anunciar,
a te mostrar a incoerência de tanto universo
sem a VIDA da qual teu universo necessita...
PALAVRA QUE NUNCA CALOU!
E você permanece a lutar,
cansado e trôpego,
sobrecarregado pelo prazer
à própria mentira
que tem por "liberdade",
rumo a mais um ano,
goles de enxaqueca,
extratos de dependência,
banquetes de escravidão
servidos em pratos de embriaguez...
Por que resistes, filho,
e não aceitas a Verdade, o Caminho e a Vida
que há tanto te mostro,
enquanto há muito te matas?
Há,
nos mais
tristes verbos,
alegria indizível,
versos de vida
e um convite
a ti, pecador cansado e prestes a sucumbir:
Vinde...
e Eu vos aliviarei.
Te dou a minha Palavra!