Contemplar
Os lábios silenciam toda vida...
Deixa viver, apenas,
sem ecos ou mentiras,
sem ocos de verdades,
sem cerimônias inertes
por um punhado de atenção.
Os lábios têm nos lábios desejos
de eras e universos,
sonhos floridos de outrora,
sonhos de quem sonha, faminto,
por realidade
e esperança de apenas contemplar.
Eis a dor,
mas, doravante uma dor ilustre,
mas, deveras, uma dor necessária,
dessas que embelezam o coração incauto,
jardim de vozes que somente eu posso ouvir.
Que seria
do poeta
sem as suas poesias...?
Correção:
Sem a aflição que permite
o sabor da alegria vindoura!