É aquilo que as pessoas chamam de: Um dia de cada vez
Hoje o dia não foi tão pesado quanto ontem, meus ombros não se curvaram por não conseguir suportar, a lágrima não caiu sem eu perceber, a respiração aliviou ao invés de sufocar. Hoje eu não tentei sorrir e falhei. Eu apenas sorri. Honestamente, ainda senti aquele vazio, mas diferente de ontem, eu não precisei fingir que estava tudo bem. Eu não precisei esconder as feridas, mas também não as deixei expostas.
Hoje foi diferente, mesmo tendo a insegurança estampada como uma arte no Louvre e a carência escondida como o Voldemort no turbante do professor Quirrel. Hoje foi diferente.
Hoje eu senti a necessidade de escrever como há muito tempo não fazia. Hoje eu fui corajosa o suficiente e abri o bloquinho de notas e estou colocando palavras como fazia anos atrás. Hoje eu quis ser uma sortuda com a vida um pouco menos miserável, quis separar a angústia do vazio.
Está tocando minha playlist preferida e entre uma música e outra, eu me pego imaginando como seria a minha vida sem o vazio no peito.
Hoje eu me permito sonhar com o vazio sendo preenchido por algo, algo que seja leve e bonito.
Mas até lá, eu espero por mais um dia como..
Hoje.