O MUNDO EM QUE VIVO
Um homem vaga só, como ave em solidão,
Do alto, contempla um mundo em extinção.
Torto, sem razões, mergulhado em egoísmo e dor,
Solução para quem precisa sofrer, clamor.
As asas da tristeza cortam o céu noturno,
Enquanto lá embaixo, a humanidade em tumulto.
O voo da solidão, um eco de lamentos,
Em um mundo que se perde em seus tormentos.
A busca por respostas, como vento a soprar,
Desvenda o egoísmo que teima em dominar.
Entre sombras e penumbras, o homem caminha,
Na dança da vida, onde a solidão se aninha.
Mas no crepúsculo da alma, há uma luz a brilhar,
A esperança que transcende, pronta a renovar.
Que o pássaro solitário, ao final do seu voar,
Encontre em si mesmo, motivos para amar.
Tião Neiva