Palavras Não Ditas
Ao reler suas últimas mensagens, mergulhei em um oceano de emoções. Cada palavra não respondida foi um punhal no meu peito, uma ferida aberta da qual não pude escapar. A decepção se misturava com o arrependimento, formando uma sinfonia triste de momentos perdidos e promessas não cumpridas.
Percebi tarde demais a magnitude do que deixei escapar.
A sua presença agora é um eco distante, uma memória que assombra meus dias e noites. A perda não está apenas na ausência das suas mensagens, mas na ausência do amor que compartilhávamos.
Agora, compreendo a profundidade do que foi perdido.
Se ao menos eu tivesse percebido antes, se ao menos minhas ações tivessem refletido o que de fato sentia, talvez o vazio não fosse tão insuportável.
A vida, agora, é um amontoado de “e se…” e “poderia ter sido…”.
A tristeza se tornou minha companheira, lembrando-me a cada passo do que desperdicei. A dor da perda é avassaladora, mas a compreensão dessa falha me consome ainda mais.
A ilusão de que o tempo daria um jeito nas coisas se esvaiu, deixando apenas a crua realidade do que negligenciei.
Mas mesmo na tristeza, há espaço para um aprendizado profundo. Aprendi que o amor é frágil e exige cuidado constante. Aprendi que palavras não ditas têm o poder de dilacerar almas, e o silêncio pode ser uma arma poderosa que machuca tanto quanto um grito.
Que minha lamentação não seja apenas um lamento vazio, mas um lembrete constante do valor das pessoas que amamos.
Que a minha dor sirva como um guia para um futuro onde a entrega e a expressão do amor sejam prioridades constantes. Mesmo na escuridão da perda, espero encontrar luz na compreensão do que deixei escapar e na promessa de nunca mais repetir esse erro.