Devaneio ao som de um blues quase antropológico

E pensar que o excesso de pensamento significa não dar espaço para o efêmero.

Exaustar-se não está nos planos de quem vê o mundo e seu redor como uma extensão de seu próprio corpo. Significa sentir -se constituído desse mundo. Significa estar e ser o próprio mundo no corpo que vive na mesma massa que dá ao mundo seu próprio sentido.

Então, ser o mundo no próprio corpo, nada mais real e importante que sentir o mundo no próprio corpo. Nada mais premente e vital que, ao reconhecer -se corpo/mundo, não há mais divisão, hierarquia, nem posições a serem disputadas numa rinha, ainda que simbólica, que não acrescenta nada. Sentir o corpo como o próprio mundo é permitir -se nele se misturar e viver as possibilidades que o mundo oferece.