Oxum, meu doce encontro

Confesso que a Tua chegada me assustava.

Eu não entendia,

Mas queria,

Queria no meu íntimo,

no mais secreto e no mais profundo Eu.

Quando me tocastes,

Senti Sua presença em mim, nesse momento o meu medo se foi,

Minhas inseguranças foram desfeitas

E me vesti do Teu mais completo amor.

Me convidastes a entrar num rio cujas águas nunca pisei

Nesse rio mergulhei,

Me despi,

Permiti ver as minhas próprias dores

Permiti enxergar as minhas próprias feridas

E me curei.

A senhora me curou.

E me lembrou, que o verdadeiro amor

Está aqui dentro

Pulsa, vive, arde e mora dentro de mim

Desde então, as águas deste rio já não foram mais as mesmas.

Me permiti ser refeito. E renasci.

(Texto feito no meu período de recolhimento dentro do runkó, dia 16/11/2023. Toda a minha gratidão e amor à mãe que nunca desamparou o seu filho, à minha mãe Oxum).

José Pablo
Enviado por José Pablo em 15/12/2023
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