Oxum, meu doce encontro
Confesso que a Tua chegada me assustava.
Eu não entendia,
Mas queria,
Queria no meu íntimo,
no mais secreto e no mais profundo Eu.
Quando me tocastes,
Senti Sua presença em mim, nesse momento o meu medo se foi,
Minhas inseguranças foram desfeitas
E me vesti do Teu mais completo amor.
Me convidastes a entrar num rio cujas águas nunca pisei
Nesse rio mergulhei,
Me despi,
Permiti ver as minhas próprias dores
Permiti enxergar as minhas próprias feridas
E me curei.
A senhora me curou.
E me lembrou, que o verdadeiro amor
Está aqui dentro
Pulsa, vive, arde e mora dentro de mim
Desde então, as águas deste rio já não foram mais as mesmas.
Me permiti ser refeito. E renasci.
(Texto feito no meu período de recolhimento dentro do runkó, dia 16/11/2023. Toda a minha gratidão e amor à mãe que nunca desamparou o seu filho, à minha mãe Oxum).