Eterno. (O Livro dos Mortos. Cap. II)
Eterno. (O Livro dos Mortos.
Cap. II)
Haverá que lerá livros sagrados, que abrirão portas no seu consciente, criarão obras primas sobre sentimentos, e, selará um pacto com o desconhecido conhecimento.
Haverá que irá criticar tais leituras, que se farão desentendido consagrando o que jaz escrito, eternizando por séculos letras vivas.
Sobre cada ser pude escrever, e ainda sim, serei desmentido, talvez santo, louco, ou até, esquecido, por ser um herege, no menor, satânico.
Na minha morte irei renascer em cada folha, nos cadernos que desenvolve cada linha, como uma prece obscura de um poema claro.
Serei eterno, quando ainda no mundo haver pena, um tinteiro sobre uma escrivaninha, pois, cada vez que alguém me reescrever sem hesitar minhas memórias.
Texto: Eterno.
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 13/05/2007