LOCOSOFIA
• LOCOSOFIA
• De gosto argentino, com livros muito racionais, um tanto céticos, senão quase científicos.
• A primeira impressão da escola foi boa, numa palestra, boas conversas, et al, mas depois de começar a conviver na seita, o negócio é um tanto estranho.
• Primeiro que critica a religião, no caso a Católica, mostrando uma alternativa um tanto contraditória, num tal Logos que não se explica com muita clareza.
• As boas impressões que tive nos livros desmoronaram com o encontro de um líder desse grupo. Era egoísmo ensinado de modo um tanto sinistro, quase satânico.
• Também se questionava sobre a vida pessoal, no caso emocional, criticando a opção de solteirice ou de certa solidão, comum nos dias de hoje.
• Também na seita o legal era reencontrar um bom antigo amigo, que falava de ficção científica e era divertido. Mas lá se via um cara um tanto chato, ranzinza e impregnado do pensamento do grupo.
• Essa Locosofia toda copia coisas de muitos lados, tenta se diferenciar, criar algo bem original. Tira a mística, tira o religioso. Assim fica meio vazia a locosofia.
• Nem filosofia, nem religião, nem mística, nem muita coisa. O vazio acaba sendo o que resta de certo modo.
• O argentino até teve boas ideias nos tempos das grandes guerras, mas parece que ficou difícil se desenvolver esse potencial mental e científico todo.
• Essa ciência maravilhosa, a que Escola de Frankfurt e mesmo pensamento mais contemporâneo já tem de tempo desmascarado, a ciência não resolve tudo – é muito usada pela locosofia para fundamentar seu “verbo” criador e construtivo.
• Essa evolução consciente, desafiando a Freud e a todo o inconsciente, como se o topo do iceberg fosse maior que o gigante fundo escondido do bloco de gelo.
• Loco – loucura, e Sofia, sabedoria, uma loucura sabedoria ensinada contra a religião e contra as filosofias, ou contra se poder agir no coletivo, ou dizer “nós”, revela em pouco esse absurdo.
• Esse mentalismo, sem grande neurociência, essa coisa do espírito, entendido como superficial intelecto, tudo acaba se tornando nessa escola uma cosmovisão superficial, um domínio mental e que leva a certa evolução.
• Empresta as leis universais das antigas sabedorias, mas nega essas sabedorias, focando meramente no mental e no material, o que leva esse pensamento a um ensimesmamento exagerado, como se não se pudesse evoluir socialmente, mas se tivesse apenas de trabalhar em si e para si.
• Essa conscientização falsa, essa ilusão niilista, o niilismo parece a marca central da Locosofia.
• Deus não é mero conhecimento, como vê a Locosofia. Há em Deus amor, há vida, há o infinito, e multidões de maravilhas e variantes. Não há nada além de Deus. Já a Locosofia concentra no conhecimento, que parece ser o mero racional e mental.
• Deus não é lógico. Havia até vários mestres que ensinaram a ver Deus no incomum, no que parece invisível, numa semente de mostarda, no fogo, na luz etc. Não se pode conhecer Deus, não do modo usual. Parece que o vazio e a humildade levam a Deus, não o orgulho de entendimento. A pobreza de espírito revela Deus, pelo contrário da Locosofia.
• Conhecer a si mesmo é algo que já ensina Sócrates, os socratistas etc, não é origem de Locosofia. Antes seria uma cópia mal feita.
• A busca de Deus pelo conhecimento já era presente desde a filosofia, ou mesmo em escolas de mistérios, iniciações, egípcios etc, e lá sim era um conhecimento superior, uma gnose -conhecimento divino. Não é a superficial locosofia.
• Deus não é nosso conhecimento superficial e ilusório, nossas percepções empíricas em sentidos que enganam. Ele vai muito além desse conhecimento. Nem nossos esquemas mentais, julgamentos etc. Ele vai além dos julgamentos. Não é conhecimento comum que leva a Deus, mas sim uma fé sobrenatural.
• Existem leis divinas. Algumas a ciência conhece, apesar de não ver divina. Outras a religião conhece, outras a religião desconhece. As leis herméticas, as leis Cósmicas. Não são leis apenas racionais percebidas pelo homem, pela mente etc, mas são leis que transcendem a nossa percepção, muitas delas ocultas, por isso herméticas. Locosofia pouco sabe disso.
• A Locosofia critica o dogma cristão, o catecismo, a fé etc, nesse absurdo de escola argentina. Nada contra a Argentina. Mas o pensamento dessa seita não tem limite em sua arrogância. Essa locosofia acha tudo inferior antes de entrar em sua doutrina, acha que era pouco aprender sobre Deus, após tanta profundidade teológica e filosófica presente no símbolo Atanásio.
• Enfim, a Locosofia tenta entregar algo superior sem ser superior, quando se tem verdadeiras escolas tradicionais que levam a esse conhecimento e Logos, a essa gnose, superior e espiritual, que revelam algo além da mente e do mentalismo, além dos métodos humanos, além do que se deseja achar superior, e especialmente além do si mesmo, do Ego e egoísmo, desse Satã, satânico da Locosofia.