aquele que não acabou e o ano que por mim passou
2022 foi interminável. apesar disso, algumas coisas muito boas aconteceram.
já 2023 passou voando. aqui, soltei o freio. esse ano fiz muitas coisas pela 1ª vez - e algumas espero que pela última (sabemos quais!). caótico do início ao fim, acredito que nunca vivi assim. aprendi muito com ele.
aprendi que intensidade nem sempre significa verdade. às vezes ir rápido demais camufla a superficialidade. e que vontade também não significa disponibilidade.
que ausência de evidência não é evidência de ausência. quase nada é preto no branco, mas decidimos o que merecemos e aceitamos.
aprendi que não preciso temer as perdas, que decidir ir também é caminho. não quero guardar rancor: pode demorar o tempo que for, de onde estiver, estarei te enviando amor.
aprendi que não decidir já é uma decisão (e a pior possível). que sentir medo não te impede de ter coragem, o que também é incrível.
aprendi que sempre existirá uma conexão a ser firmada, seja de cara ou demorada: nenhuma relação tem receita, não espere pessoas perfeitas. mas não insista nem force nada, senão aí já sabe que é cilada.
aprendi que energia não mente. podem até fingir, mas no fundo a gente sempre sente.
e por falar em sentir, aprendi que ceticismo não é pra mim. que eu sei ter os pés no chão, mas prefiro ter um mundo diferente a descobrir.
aprendi que os sinais estão sempre por aí, basta saber ouvir e, acima de tudo, agir.
também aprendi a confiar no universo e em mim, que estive comigo desde o início e estarei até o fim.
por fim, aprendi que tenho sorte no amor e muito amor na sorte. e só por isso sigo sã e salva e forte.
dia desses sonhei com uma música e, ao acordar e abrir um app, o 1º post que vi foi um trecho dela. ao sair de casa, vi uma foto do cantor por lá. e sorri.
é, Belchior, por aqui teve muito sangue e muito choro. mas mantive viva a esperança de que se ano passado eu morri, esse ano eu não morro.
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[sim, outro às 2:22 - escrito em 07.12.2023]