A inteligência e a leitura

A inteligência é uma capacidade humana que se expressa na facilidade em aprender, resolver problemas, se adaptar a novas situações e pensar de forma abstrata. Ela independe de condições financeiras, crença e nacionalidade. Dessa capacidade surgiram as grandes criações da humanidade como o avião, os satélites, vacinas, leis e comércio, nos permitindo elevar a um patamar diferente das demais espécies do planeta.

Os livros também são produtos da inteligência humana. A necessidade de transmitir conhecimentos e de contar histórias ganhou mais força com o surgimento da escrita. O aumento da complexidade das organizações sociais gerou um papel cada vez mais significativo da cultura na solidez das sociedades, e por consequência, escrever livros facilitou e ampliou o poder de manter ou modificar tradições e de se comunicar de maneira mais eficiente.

Imagine agora como desenvolvemos nossa inteligência ao longo da vida. Acredito que ler muitos livros é uma das formas que facilmente surgem na nossa mente, afinal desde os primeiros anos escolares somos incentivados a ler livros didáticos para aprender os conteúdos das disciplinas. Também é na escola, nas aulas de literatura, que conhecemos os romances clássicos que ampliam nossa visão de mundo, estimulando a imaginação. Com o passar dos anos precisamos recorrer aos livros para aprender uma profissão na faculdade ou em um curso técnico, e compreendermos questões politicas, culturais e sociais. No mundo cristão é a leitura da bíblia que nos desperta para compreender os desígnios de Deus e agir com sabedoria. Partindo para o lado mais científico, estudos já tem demonstrado a relação entre o hábito de ler e o desenvolvimento de processos cognitivos, auxiliando na melhoria de habilidades de compreensão e interpretação.

Como vemos nesses exemplos, a leitura aparece diversas vezes vinculada à aprendizagem e compreensão, conceitos que nos auxiliam a definir inteligência. Portanto, podemos estabelecer aqui uma relação: o hábito da leitura é um exercício para desenvolver a inteligência, e como diz Mortimer J. Adler em seu livro “como ler livros”, “só uma inteligência bem exercitada pode pensar livremente".