O AMOR DA MINHA VIDA
Ela era uma menina muito romântica. Andava suspirando por aí, sonhando com um príncipe encantado.
Tentou encontrar o amor, mas não foi tão fácil ou divertido quanto nos filmes. Entregou-se e decepcionou-se várias vezes. Aos vinte anos estava divorciada e desiludida. A menina romântica desiludida.
Não estava procurando o amor quando o encontrou. Nem mesmo tinha esperança de que o encontraria. De repente, ele estava lá, como um rei.
Ele era alto, magro, pele negra, sorriso enorme e encantador, olhos brilhantes que irradiam uma alegria contagiante. Ele era extrovertido, animado, divertido. O oposto dela. O encantamento foi inevitável. Logo viu-se apaixonada. E a paixão transformou-se em amor.
A menina romântica voltou a acreditar no amor invencível. Tudo era lindo, mágico, como um reino encantado. E seu rei a amava.
O amor aumentou e multiplicou. A menina romântica não imaginava que pudesse amar tanto alguém. Aqueles olhos brilhantes, aquele sorriso lindo, aquela voz encantadora. Olhando aquele bebezinho em seus braços, fruto de um amor tão mágico, a menina romântica sonha longe. Sente-se realizada como nunca antes. Aquele bebê, tão lindo, tão meigo, agarrando sua mão com seus dedinhos delicados. O nível máximo de amor que alguém poderia sentir.
A menina romântica encontrou o amor verdadeiro e infinito com que sempre sonhou quando pegou no colo sua filha pela primeira vez. Todos os outros amores podem ir embora, mas esse jamais irá. Esse é o amor eterno.